Perguntas e respostas

- O Estatuto do Idoso diz que o usuário tem de se identificar para o motorista?

Não, pois nem o motorista nem o cobrador são funcionários do governo e esta não é sua função.

- O que pretendiam os legisladores quando criaram o Estatuto do Idoso?

Que cada município estabelecesse as regras de acordo com a realidade local. Por uma série de fatores sócio-econômicos, em Cachoeira do Sul é significativa a quantidade de idosos que utilizam o transporte coletivo. A quantidade exata precisa ser conhecida pelos gerenciadores do sistema.

- Qual é a regra hoje em Cachoeira do Sul para quem tem mais de 65 anos andar de ônibus?

As pessoas que moram na cidade e utilizam o ônibus com freqüência devem ir até a Central de Atendimento da Transporte Nossa Senhora das Graças com documento de identidade, onde recebem gratuitamente o cartão eletrônico com foto. Basta apresentar este cartão ao cobrador do ônibus para passar pela roleta.

- E quem não mora aqui?

Faz como em todas as cidades brasileiras: mostra a carteira de identidade ao motorista, entra e sai pela porta da frente do ônibus, ocupando seu lugar nos cinco bancos localizados antes da roleta. Da mesma forma que um cachoeirense quando for a Porto Alegre, por exemplo.

- O que acontece se o idoso não tiver condições de circular dentro do ônibus?

O motorista permitirá que ele desembarque pela porta da frente. Se ele tiver o cartão, apresenta para o cobrador (que vai girar a roleta) e volta para o seu lugar. O mesmo acontece com gestantes e outras pessoas que têm dificuldades para passar pela roleta.

- Por que se insiste em que o idoso tenha o cartão eletrônico?

É a única forma que existe para que haja conhecimento do volume real de passageiros não-pagantes. Este número é importantíssimo tanto para o departamento de planejamento da TNSG definir quais linhas e horários precisam reforços quanto para a Prefeitura Municipal conceder reajustes na tarifa.

- O volume de idosos andando de ônibus influi na tarifa do ônibus?

Sim, porque as gratuidades, onde se incluem os idosos, representam 30% do volume de passageiros em Cachoeira do Sul. Se não houvesse todo este volume de passageiros, não haveria necessidade da mesma frota de ônibus rodando que há hoje. Com isso, os custos da operação seriam menores e a tarifa, conseqüentemente, mais barata.

- Outras cidades também possuem este controle sobre o volume de idosos?

Todas as cidades possuem legislações sobre este assunto. Normalmente, os idosos precisam apresentar uma carteira emitida pela Prefeitura e mais o documento de identidade, mas não passam pela roleta.

- Para os idosos é vantagem ter o cartão?

O fato de poder passar pela roleta significa muitas vantagens para o idoso. Em primeiro lugar, porque ele não é discriminado, tendo os mesmos direitos de qualquer passageiro pagante. Ele pode escolher onde sentar no coletivo, onde há sombra ou com alguma outra pessoa. Se ficasse restrito aos bancos antes da roleta, correria o risco de ficar em pé nos horários de mais movimento, em que mais que dez idosos utilizam o mesmo ônibus. Neste caso, atrapalharia a circulação dos demais passageiros, como acontece em outras cidades que não possuem o sistema de bilhetagem eletrônica. Além do mais, o cartão é mais resistente do que a carteira de identidade e não há custos para sua confecção.